terça-feira, 2 de outubro de 2007

Parecia um gramado... um extenso gramado...


Eram cinco da manhã de ontem quando apareci, mais tarde que isso, hoje bem cedo, mesmo que sem sono, com sede talvez, mas não havia anoitecido nesta madrugada. O que parece na verdade do seu locus é um dia anterior a isso, mesmo que a compreensão destes dados alegóricos indicadores da cronologia tangível sejam imprecisos pra quem se incide no segmento retilínio do presente, e, há quem diga, serem exatos. Eu digo ser exato. Na verdade eu digo ser exato apesar de não o ser. E apesar de não ser exato tal exatidão se faz presente apenas na necessidade de se realizar. Eu digo na verdade que não são exatos. Porem digo sem saber o que é que deve ser ou não preciso e exato. Coerente seria se não fosse a falta de coerência própria da natureza inata dela mesma que, inocente, passa ultrajada de infinitas possibilidades na realidade humana. E há quem diga ser irreal. Eu digo ser real, mas é não real na realidade própria do que não existe exato, inexistindo na exatidão das possibilidades imprecisas, próprias do que existe na inexatidão. Isso sim, muita gente passeando nas alamedas segurando correntes e coleiras na ponta, porém, sem nenhum cachorro...como pode isso? Por que fazem isso? Acreditam que há um cão ali? E é todo mundo fazendo isso...não consigo compreender o que de fato há na extremidade da corrente inserido na coleira vazia...mas é algo que move os indivíduos.


Hoje desengavetava uma porção de coisas usadas pelo simples fato de avaliar seu valor, como um inverno passado, camisas nunca usadas, gravidezes, soluços, binóculos, pilhas, livros de latim, um dente, e que coisa... coisas nunca usadas no meio delas.... Antes que os ratos comam o que nunca foi usado separo-as do meio. Os ratos são necessários na gaveta com seus ninhos. Alguns dizem que fedem, porem eu nunca senti cheiro algum deles, e olha que são muitos. Gostam daquela gaveta e estão lá desde sempre. Eu acredito que estão lá desde antes mesmo da gaveta ter sido feita. Eu sei que eles estão lá desde antes mesmo da gaveta ter sido feita. As vezes eles são uma espécie de pássaros de gaveta mas, na maioria das vezes, são ratos. É algo nas coleiras que não é... e as pessoas são seus próprios cachorros pois não há cachorro algum por ali... está vazia. Todos encoleram a própria mente e por aí saem, pois nem os cães mais acompanham-lhes...

Mosiah Schaule

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