tag:blogger.com,1999:blog-65898172158166961012024-02-07T02:37:48.694-03:00Sob a Luz das Trevas"Mais do que a verdade e, portanto, mais do que a sabedoria, a escritura é capaz de produzir aparência de verdade... porque com a escritura termina o ensinamento, que permanece prerrogativa específica da oralidade” - Tamus para Deus Toth -Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-27034238049766601072011-07-13T15:55:00.001-03:002011-07-13T15:57:34.733-03:00Relatos da Percepção - O que se Sabe...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2d9urh3x82SGf4Gw1mBncl1JqbSu_0E8Iy_f4LjKehsCMQTgF0rebLYrmRsBLQvyLxJKwP6yFHl61R8pQSM9ARClJioei3x1Uq3y-Y_HUQab5RtCIS9EsoHRZGCjecREMXKl6PGoPQz3D/s1600/iceberg+1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2d9urh3x82SGf4Gw1mBncl1JqbSu_0E8Iy_f4LjKehsCMQTgF0rebLYrmRsBLQvyLxJKwP6yFHl61R8pQSM9ARClJioei3x1Uq3y-Y_HUQab5RtCIS9EsoHRZGCjecREMXKl6PGoPQz3D/s320/iceberg+1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5628912706132563650" /></a><br />A Densidade sempre foi, das propriedades fisico-químicas, a minha predileta...<br />Uma vez que a encontro em outros reinos encantados...<br /><br />Apesar de que trilhos e pés nem sempre possam ser separados, pensa-se que o caminho é caminhado, quando pode, este, caminhar pelas solas de pés parados... parados onde? ou estão caminhando por trilhos de uma estação já inativa? Não se passa, há muito tempo, um trem ali... Mas certamente se conduz para algum lugar...<br />"Era tudo novo"... Era mesmo? ou o que se via, agora, era fruto de um olhar que apesar de caro e já bem maduro, nunca deixou de ser semente em sua preciosa inocência? quem saberia dizer não é mesmo?... talvez seja melhor que tais dissecações do cogito nunca sejam postas nas lâminas, cristalinas e transparentes da consciência, pois, mesmo se ferindo, enquanto no inconsciente, elas não cortam fatalmente a razão, ainda que pouca...<br />Ainda que tudo já se saiba, há o mistério... o mistério de pensar em como seria se não se soubesse de algo... e quando a névoa se faz completa, do contrário, quer se fazer campreensão, desvelar seja lá o que for e amortecer a noite profunda que não amanhece...<br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-16055276214202027882011-03-11T14:37:00.006-03:002011-03-15T14:18:35.409-03:00Relatos da Percepção - A Noite no Espírito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr6h0cbEk_ndpRWGzwgVMR6dsGwkF0WrFc_vcfm3oFDIzoK3y3eFryLvYtbxSzTDJ3eAIYDQT1O7VqTaaHrDZ5gMmECbrGE71T4j1iM4xLILexdaupAWFrUZEvnvPMgRWbJwtg8j8zdt2M/s1600/magic-moon-1-night.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr6h0cbEk_ndpRWGzwgVMR6dsGwkF0WrFc_vcfm3oFDIzoK3y3eFryLvYtbxSzTDJ3eAIYDQT1O7VqTaaHrDZ5gMmECbrGE71T4j1iM4xLILexdaupAWFrUZEvnvPMgRWbJwtg8j8zdt2M/s320/magic-moon-1-night.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5582881760184285026" /></a><br />Mil noites sem Lua...<br />Com Luares de contos inventados,<br />As noites mil se desfaziam em cada Lua Nova...<br />Cada palavra sussurrada no infinito da alma torpe,<br />era uma taça de Syra, que logo derretia a memória,<br />descansando o deleite psíquico em almofadas onde o Oriente adormeceu...<br />Das miragens Flamencas, o Oceano descia...<br />Dos alpendres, um musical balsâmico destilava-se e o mistério<br />ecoava nas partituras do existir...<br />Num sopro, o frio vento existencial, que demanda, magno, o Saber perfeito,<br />real em sí, que não se compreende em compreensão ordinária, pede <br />por excelência, o torvelinho que acolhe a alma em sua origem...<br /> - É o Sol quem desce até as profundas moradas abissais! disse em Lídio, <br />o juíz das ordens estelares.<br /> - Porém, são as almas que ascendem, através das idéias, aos planos superiores<br />e constróem Deus à sua imagem e perfeição! responde calmo em sua humildade, o monge solitário que já não envelhece, mas toca na harpa da vida, sua coda em adágio que,<br />lentamente, desaparece...<br />O infante que outrora foi cajado, transmudando-se em pirâmide,<br />desperta alado, em matizes que fogem da visão, mas que se condensam<br />na alma profunda daqueles que anseiam, simplesmente,<br />no horizonte da existência, evoluir...Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-54176780950776790852009-09-29T01:04:00.006-03:002009-10-01T16:08:35.436-03:00Relatos da Percepção – A xícara<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZtcxL_vtsf3G99zzAWTvS6JofFi90Zc8-PpLw_gCi9rLVHKlifTXyfiMgNk4xm1i5pBHX-7qNIkWo4j00lUkH12RR_3qtpqAc_QaIqyKJtEGZvRZBOEWzoXWbXdraIBolrWW-04wJWsKR/s1600-h/Contemplando+la+Vida+-+Jaqueline+Shau.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 266px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZtcxL_vtsf3G99zzAWTvS6JofFi90Zc8-PpLw_gCi9rLVHKlifTXyfiMgNk4xm1i5pBHX-7qNIkWo4j00lUkH12RR_3qtpqAc_QaIqyKJtEGZvRZBOEWzoXWbXdraIBolrWW-04wJWsKR/s320/Contemplando+la+Vida+-+Jaqueline+Shau.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386740006621281906" /></a><br /><span style="font-style:italic;">Imagem: Contemplando La Vida - da obra de Jaqueline Shaw<span style="font-style:italic;"><span style="font-style:italic;"></span></span><span style="font-weight:bold;"></span></span><br /><br /> Suavemente, o pouco chá que ainda restava no fundo da discreta xícara, derramava-se no parapeito e, lentamente, aproximava-se de uma insignificante barreira no azulejo sendo, esta, quase invisível aos olhos, mas que ainda assim evitava o derramar em cascata daquele pouco de chá que deslocava-se horizontalmente pela quase imperceptível barreira ao longo da extremidade do azulejo do parapeito, sem dele escorrer para baixo.<br /> Da pequenina xícara, desprovida de qualquer tipo de alças, desprendiam-se ideogramas japoneses em dourado, os quais vinham de muito longe trazendo àquela xícara, uma situação de conforto ao permitir-lhe a condição de um recipiente primariamente semiológico onde, em sua estrutura total, vinculavam-se a finalidade de receber algo em seu interior e emitir algo de seu exterior...<br /> É possível que, a realização completa desta xícara, finalmente, aconteça quando a compreensão de seus ideogramas seja obtida por alguém que ali esteja e, em seguida, um chá a esta xícara sirva. Ela, assim, existiu por completo. Mesmo que não se compreenda seus ideogramas mas, observando-os e obtendo-se qualquer tipo de reação congnitiva através deles como, um devaneio pelo oriente por exemplo, assim se estará realizando as duas etapas desta pequenina xícara ilustrada com ideogramas japoneses.<br /> Podia-se observar, então, que ela estava em plenitude com sua existência para além de suas funções agora.<br /> Já, sem o chá, pois um tanto fora bebido e o que restou havia derramado-se, podia conter esta xícara, em seu interior, todo o vazio que lhe era próprio... uma imensidão incontável para números que pertencem à Matemática das xícaras. Ela é capaz de receber, da mesma forma, uma imensidão de chá; quantidades incognocíveis para o homem, na linguagem das xícaras.<br /> São grandezas proporcionais, seu vazio e seu cheio.<br /> Esta xícara cheia, esta completa de um todo que a preenche em seus limites, os mais ínfimos possíveis.<br /> Para o olhar humano, são apenas 50 mL de chá... mas para o ser xícara, temos o preenchimento de um total que revela toda a capacidade interna própria desta qualidade do ser, uma qualidade que se autoafirma justamente por sua espacialidade, a qual determinará o que esta forma é.<br /> Esta forma é uma identidade, uma entidade relevante para os entes líquidos, sólidos e mesmo gasosos. Ela pode conter. Conter e derramar... ela pode conter entidades nestes três estados físicos e abriga-los, conforta-los e conforma-los, no sentido próprio de dar-lhes forma, também.<br /> Seu estado interno de recipiente, recebe e cria a possibilidade de dar toda a sustentabilidade a uma realidade de líquido, por exemplo, que, por sua vez, forma-se, conforma-se e sossega no interior de uma forma, a qual lhe permitirá o repouso.<br /><br />Mosiah Schaule<br /><span style="font-weight:bold;"></span>Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-63628114645848191342008-07-16T23:05:00.008-03:002009-10-08T16:03:46.705-03:00As visitas de tardes...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjLHXtRczawb4TOACTijG73D-tavCe4kfU5J138KgEJCBlxp8J006q0hvrZV0o32USBDUwMwVJF4xkttLcLTsR7Y60XlzUflRoiKigVYi6GVdBtwJm2Gr6-Kjattfs4VrxRrGgBxXdu1K4/s1600-h/mark8.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjLHXtRczawb4TOACTijG73D-tavCe4kfU5J138KgEJCBlxp8J006q0hvrZV0o32USBDUwMwVJF4xkttLcLTsR7Y60XlzUflRoiKigVYi6GVdBtwJm2Gr6-Kjattfs4VrxRrGgBxXdu1K4/s320/mark8.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223799666844149106" /></a><br />Quando as roseiras estavam suavemente secas...<br />Mas ainda com flores...<br />Somente algumas...<br /><br />Simplesmente aquele antigo terreno era pequeno...<br />Porém, de uma imensidão abstratamente física ...<br />Psiquicamente expansiva e acolhedora em seu silêncio devagar...<br /><br />Apesar de não ser o domingo no interior da cidadela, dentro dos cercados do quintal dianteiro era mais sossegado do que o comum...<br />E o deitar suave do arvoredo calmo sobre a rua cinzenta dava sentido ao cinza dos pedregulhos...<br />Seu verdume não era apenas cor... sua cor não era apenas minha percepção...<br />Minha percepção não era mais percepção e percepção não era mais...<br /><br />O que sossegava a viela em atemporalidade não era apenas percepção...<br />Tudo não estava em sí mesmo...<br />E assim assoviava-se...<br />Quanto mais calmo o dia era, mais suave o vento levava os pássaros...<br /><br />Onde não havia ninguém, a fumaça de uma fogueira recente subia...<br />Era outro quintal, não o da casa, mas o da porta sem quintal...<br />Pelo outro lado da casa, onde a rua não se via, criava-se um quintal...<br />Onde nunca viu-se tal lugar...<br />Mas ele sempre esteve lá...<br />Todos o sabiam, todos os que ali nunca estiveram, mesmo pensando estar...<br />Mesmo percebendo estar...<br /><br />Os dias que se faziam entre as festinhas de aniversário não aconteciam...<br />Mas todos ali adoravam provar os quitutes e refrescos das ternas festinhas da menina a qual todos atribuiam uma percepção menor dos fenômenos naturais da existência...<br />A realidade se desfazia para sua clara percepção das tardes, dos ventos...<br />Tudo não passava de dissertações fugazes por entre o cotidiano dos que a criavam e de todos os que ali visitavam...<br /><br />Pois hora ou outra viu-se por si mesmo, o tempo dali onde não se contam horas, que ninguém passou de fato por aquelas festinhas e pela ternura da realidade própria da pequena aniversariante...<br /><br />Nunca identificou-se, com a percepção dos demais, a qual conduz os demais, que não se percebe pela própria percepção a percepção de quem percebe de modo a não perceber as coisas...<br />A singularidade das relações psíquicas que dissipam-se dela, fazem-se de modo a não fazerem-se...<br />Distanciando-se de todas as tentativas de proximidades perceptíveis...<br /><br />O fogão esquenta toda a casa...<br />Desde quando não havia o frio... <br />Pelos amontoados de calma, a doçura de sua infância floria em si mesma, onde, estendida por toda sua vivência, estava...<br /><br />A visão de uma realidade pelos que ali visitavam terminava em si mesma...<br />Assim, tal doçura não era apenas o fruto de uma percepção limitada em si ou no que ela pode conferir como real fora de si...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU7KNFPE_XpD1EmK0iFiqsuLZJuZBq93AvMpNCFffaM59gNPai_h9SjKyyBl8HV2Tdd_O5X1uqEgfic-Y-rzdI_ubfsXIUsqcBB0E84pEg5NIKXtOBr-A3rvw2uQe0G7A6a8F4DffLg3Sj/s1600-h/mark_ryden.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU7KNFPE_XpD1EmK0iFiqsuLZJuZBq93AvMpNCFffaM59gNPai_h9SjKyyBl8HV2Tdd_O5X1uqEgfic-Y-rzdI_ubfsXIUsqcBB0E84pEg5NIKXtOBr-A3rvw2uQe0G7A6a8F4DffLg3Sj/s320/mark_ryden.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223799930476854866" /></a><br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-44203361355449974722008-04-03T21:11:00.006-03:002009-10-01T16:32:28.665-03:00... A porta que por onde não se sabe...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXR5PeWDS2duzgU8_5OsoJJvy4di_F1l6-4RrebXw9yZAW_sk6J_da4T0dhlB1rYjf4UkzjWSEYB6hJz2LcFbq6hcxKRaawmFMmJDM8ahokCC1rFVNXaP3cSYJGyIMpa0ftipxrNJ4nJne/s1600-h/portaa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXR5PeWDS2duzgU8_5OsoJJvy4di_F1l6-4RrebXw9yZAW_sk6J_da4T0dhlB1rYjf4UkzjWSEYB6hJz2LcFbq6hcxKRaawmFMmJDM8ahokCC1rFVNXaP3cSYJGyIMpa0ftipxrNJ4nJne/s320/portaa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5185182250222552578" /></a><br />A porta se abria...<br />E não via-se ninguém lá dentro...<br />Lá fora...<br />Também não havia ninguém que abria a porta...<br />Mas via-se alguém dentro da casa...<br />Mesmo sem ninguém estar lá...<br /><br />Não sabia-se o que era que estava do lado de fora da porta...<br />Apenas via-se de dentro da casa que alguém estava lá fora...<br /><br />Enquanto o ruído se fazia...<br />Ao abrir-se a velha porta...<br />Queria-se saber, de dentro da casa vazia, quem estaria mesmo lá dentro, através de uma ligeira observação pelo lado externo da casa, colocando-se a uma interpretação da expeculação de quem abre a velha porta, para em seguida, no vazio da casa, vista de fora para dentro, compreender quem está abrindo a porta, vislumbrando a partir do vazio interno da casa o seu próprio vazio, ou a identidade do seu vazio...<br /><br />Com a intersecção dos campos vazios...<br />Que vagueiam de um para o outro...<br />Pelo limiar do caxilho envelhecido da porta da casa...<br />Quem esta dentro da casa questiona-se sobre a internalidade de sua existência, devido a evasão contínua de uma permanência externa nos campos para além da porta, seja de dentro para fora ou de fora para dentro...<br /><br />Pela porta, tentou-se compreender quem abria de fora para dentro, quando dentro se exteriorizando lá fora, mesmo sem dentro estar e mesmo sem fora estar, e nessa expectativa, a orientação dos de fora para dentro já invertia-se...<br /><br />Quando lúcidos...<br />Da imensidão existencial...<br />Que configurava-se com a internalidade e externalidade do espaço...<br />Procuravam ver-se realmente do lado de fora da casa...<br />Antes mesmo de terem entrado...<br />Porém, com a percepção de que verdadeiramente haviam saído...<br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-69580582431633313062008-03-27T22:28:00.003-03:002009-09-26T02:16:40.350-03:00Dia outonal...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHI-O1PCfYW9wAq_uXCHM2AsF7KFpFEsMHQUYIhVZw81MjoL1oSDLC6qQ_7BwapFFMDz56S0GeLIBQrYRKgGz8AfxNAjaVJZw4W9gfUklRQFPh8P6MxJo0F0lyWpxMG6i1KoPK_mGF8Nsl/s1600-h/Estradinha.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHI-O1PCfYW9wAq_uXCHM2AsF7KFpFEsMHQUYIhVZw81MjoL1oSDLC6qQ_7BwapFFMDz56S0GeLIBQrYRKgGz8AfxNAjaVJZw4W9gfUklRQFPh8P6MxJo0F0lyWpxMG6i1KoPK_mGF8Nsl/s320/Estradinha.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5182602533950785010" /></a><br />Haviam alguns velhos...<br />No meio do aldeião...<br />Todos com carapuças...<br />Alguns meio símios...<br /><br />Um deles andava por entre vasos ornamentais...<br />Confundindo-se, ele mesmo, com as lamparinas ilusórias...<br />Os demais, o viam apenas no seu pigarrear...<br />Outros, dos velhos, faziam, das marteladas em pedregulhos, uma espécie de dentada memorável, onde saboreavam o passado...<br /><br />Mais que ferramentas...<br />Os martelos tornavam-se órgãos vitais em seus punhos....<br />Abaixo de seus super cílios abriam-se cabanas diminuídas <br />Onde moravam em suas lembranças...<br /><br />Mesmo suas lembranças...<br />Desembocavam num pensamento inexistente...<br />Eram reflexos furtivos, de devaneios extintos no passado...<br />Projetados agora em um evento ilusório...<br /><br />Assim...<br />De suas orelhas um tanto quanto deformadas...<br />Saíam violões...<br />Tocando melodias tristes...<br />Melancólicas e úmidas...<br />Onde podia-se associar idéias, como alguém que diz:<br /><br /> “- Ontem, todos os meus problemas pareciam tão distantes...<br />Eu acredito no ontem...”<br /><br />Eram cordas moles...<br />Que saindo do violão, desciam na água...<br />Em poços artesianos...<br />Onde pombos sossegados amoleciam também...<br /><br />Por horas...<br />Não conseguiam permanecer nem dentro, nem fora das casas...<br />As vezes, não sabiam existir...<br />Porém, também não sabiam não existir...<br /><br />Eram como visões...<br />Visões deles próprios...<br />Que nos gramados secos...<br />Costuravam seu sono...<br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-26862414941345796292008-03-22T01:31:00.006-03:002009-09-26T02:09:17.323-03:00Submerso...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-yQRFUNbsxjxaIzHaVaXzqLDHZNbZxYG_Fvutl48u5inj4M6Ob-s8-CCzvkQSx_qQncVOcdV1rCZ8LBqvxW7oT4g0cD2Udr70BHAZhXzhbqDfi1NqO1QkiWw13Tv4y8aJEVvLwkA1_eAp/s1600-h/Profundezas+2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-yQRFUNbsxjxaIzHaVaXzqLDHZNbZxYG_Fvutl48u5inj4M6Ob-s8-CCzvkQSx_qQncVOcdV1rCZ8LBqvxW7oT4g0cD2Udr70BHAZhXzhbqDfi1NqO1QkiWw13Tv4y8aJEVvLwkA1_eAp/s320/Profundezas+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5180423027026626002" /></a><br />Sem mais cansar-se...<br />Assim, mais adiante, digo a mim mesmo para hoje ouvir...<br />Enquanto árvore e sorriso de polvo, entre recifes de sonhos...<br />Pois o fundo se expressa onde sem mais pressa existe-se...<br />Nas razões sem luz, nos mundos nascidos na escuridão profunda...<br />Distantes do que se sabe por consciência...<br />Onde não se sabe, onde multidões semiológicas aproximam-se e afastam-se...<br />Sais de logos são partículas na fluidez do imenso...<br />E o movimento entorna, revolto com toda a intensidade por onde quer que exista...<br />E no inteiro de seu som, recortam-se pedaços de silêncio profundo...<br />Onde movem-se uma infinidade de céus...<br />As criaturas incomunicáveis em presença fazem-se todas uma...<br />Assim, submerso posso experimentar as imagens que se criam...<br />Na imensidão de instantes...<br />Onde em cada recorte do silêncio, em cada fragmento de silêncio está uma pintura...<br />Em ânimo próprio, tais fragmentos do silêncio autorecortam-se e unem-se...<br />Sempre de modo inusitado...<br />Há em cada uma de suas partes o desvio do entendimento...<br />E a percepção nas profundezas afóticas, se apresenta...<br /><br />Mosiah Schaule<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw73ymqxhT6x7s7gLOZn3hSFgTnlR6nwYFQTPv8BvAyh1iFNWM_DX8JcjOyVo8BdqknRK8rzA_zSKKCiyh9JiEttboxwbjLntm9chsP88ukyqsUc0GNKiv2ro1rqxEy4hMqppMGi2nAi9_/s1600-h/profundezas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw73ymqxhT6x7s7gLOZn3hSFgTnlR6nwYFQTPv8BvAyh1iFNWM_DX8JcjOyVo8BdqknRK8rzA_zSKKCiyh9JiEttboxwbjLntm9chsP88ukyqsUc0GNKiv2ro1rqxEy4hMqppMGi2nAi9_/s320/profundezas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5180423379213944290" /></a>Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-14597480796797487962008-03-13T21:33:00.006-03:002009-10-01T16:32:46.785-03:00... Distante... ser distante...No sentido... <br />São entre as casas dos sentidos...<br />Entre meio as paisagens sensíveis... Esqueceu-se também de expressar-se...<br />As tangentes não vertenciais, correntes de tantos tempos impensados...<br />Inalterados por tal supremacia própria de sí... de seu código interno...<br />Suas combinações, são pais de momentos eternos e raríssimos...<br />Tais configurações de momentos e movimentos geram a matriz dos sonhos...<br /><br />Raízes... mais que nutridoras...<br />Mares de vivências descontínuas...<br />Sonambulismo paisagista, das cachoeiras de emoções torrenciais...<br />O aflorar de perpetuidade interna no que existe apenas depois de não existir...<br />Como o não ter mais, ser a porta para se ser....<br />Não chove aqui por que não precisa...<br />Quando se chove aqui é por que também não precisa chover...<br />Acontece o impreciso....que invariavelmente é preciso em acontecimento...<br /><br />Mais que flora madrugal....<br />Mais que matizes psicotrópicas...<br />Ainda que desconfigura-se a experiência aprendida, movimenta-se...<br />E a nova experiência é complexificada em estrutura...<br />Vezes com o abandono dos modelos, vezes com transmutação de elementos...<br />E ainda chove, mais que antes, menos que ante-antes...<br />Correu rio, subiu rio, subiu-se o rio...<br />Centenas de fôlegos, e ainda mais centenas de dez fôlegos na água forte...<br /><br />E agora é noite...<br />De fato, já estava noite, mas esta noite a partir de agora é diferente...<br />É mais noite que antes...<br />É a parte em que acontece a noite da noite...<br />E para isso vive-se o dia...<br />Dentro da noite...<br />E as razões das coisas suspiram por vezes...<br />Por vezes, por vozes, por des-serem...<br />Sem dentro, as coisas da razão, que justificam a des-razão das coisas...<br /><br /><br /><br /><br /><br />E por mais que queiram...<br />Os bichos da noite devoram estas coisas...<br />E então se dá a transmutação...<br />A cada mordida... a cada unha que rasga a pele...<br />A cada investida do animal noturno que me devora...<br />Descortinando-me...<br />Devorando o que não existe em mim...<br />E pouco a pouco me trazem para perto deles...<br />E então tenho outra pele...<br />E então não sou...<br /><br />Nas estradas estreitas...<br />Nos arredores das estreitezas...<br />Plantas de caráter supremo...<br />Vegetações e vendavais...<br />O sinal das grandes plantas, o uivar das grandes folhas...<br />E vem de longe o cuidado para com as grandes tormentas...<br />Vem seja de onde for, mas o cuidado sempre vem e é...<br />São como galhos rígidos e flexíveis...<br />São como mãos que agarram com o cuidado e com o zêlo...<br />De qualquer momento, em todos os lugares...<br />Simplesmente tudo esta em apenas um lugar...<br /><br />E a tormenta, a tempestade...<br />As águas do céu...<br />As águas da terra...<br />As terras na água e o vendaval que assopra...<br />Onde quer que suspire o vento e suas criaturas, se dá para ouvir...<br />Mais do que ouvir...<br />E ainda se ouve mais do que se pensa ouvir...<br />Entrado na água, subindo pela água do rio...apenas não se pensa...<br />E o céu também vem ao rio...<br />A noite se faz dentro e fora do rio... permeando todo o reino de vegetações...<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Uma ave dos cantos notívagos... <br />Costumeira a cantar nos cantos da vegetação...<br />Sossega e canta...<br />Suspira e sossega...<br />E canta...<br />E olha, me olha...<br />Me reconhece e canta...<br />Canta e suspira, sossega, me olha, reconhece-me e canta...<br />E se dá o que se desconhece, mas é o que se reconhece...<br />À escuta de mim e da ave está nosso incomum...<br />Em nosso ímpeto interno...<br />E soam os ventos, soam os vendavais e soa junto nosso reconhecimento...<br /><br />Suspirando com a terra úmida...<br />Vai-se o rio terroso que suspira também...<br />E a água é a nossa água...<br />Enquanto se vê o olhar das pedras, tudo se move...<br />As pedras se movem, sente-se o movimento no interior da terra...<br />Perde-se enquanto se encontra neste lugar de múltiplos relevos...<br />Se condensa a primitividade essencial a cada animal presente ali...<br />Entoando-se voz primitiva, suspirando-se a fluidez primal...<br />O olhar das plantas, o uivar da noite e sua cantiga que acalma...<br />Ela oferece o medo e o sossego, aceita-se o que se quer...<br /><br />Este lugar, a noite...<br />Não há variabilidade...<br />O olhar que desprende-se...<br />E as névoas, saem da água, saem da terra e estão entre as plantas...<br />Cobrem os bichos e fazem a unidade das coisas daqui...<br />Tudo é uma unidade apenas...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuqVaxLRGg5bZaxyUMCVhmX5qoA-yD3Xr9Ghy2qwdcy38R2q5mZD6xHgIBwLTAXGSDE31bQzBr23yhGu-vNn1hUQHJ9ESaLG3N9IPW0ny_1b0zwCYSUX2QOBaPe5LZbviwDQy9srEE26sy/s1600-h/Mosiah+Floresta.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuqVaxLRGg5bZaxyUMCVhmX5qoA-yD3Xr9Ghy2qwdcy38R2q5mZD6xHgIBwLTAXGSDE31bQzBr23yhGu-vNn1hUQHJ9ESaLG3N9IPW0ny_1b0zwCYSUX2QOBaPe5LZbviwDQy9srEE26sy/s320/Mosiah+Floresta.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177389328385723330" /></a><br /><br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-15694375214129216732008-02-16T00:43:00.004-02:002009-09-26T01:31:51.449-03:00Incursão em pedras que sumiram...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbYxMbCWpXgtte-GMSpLxiScmu0SUXMyrvVpl4e2nneSqS_O7MrWxU84JuIG7lPc_I0cIslpjLrbmLWep0QKFwN4muHxxIUzv6rLW-gMSiWUQ0PqDYMFBILN-X3NBK76KwIp699RQTl7jM/s1600-h/pedra_01.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbYxMbCWpXgtte-GMSpLxiScmu0SUXMyrvVpl4e2nneSqS_O7MrWxU84JuIG7lPc_I0cIslpjLrbmLWep0QKFwN4muHxxIUzv6rLW-gMSiWUQ0PqDYMFBILN-X3NBK76KwIp699RQTl7jM/s320/pedra_01.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5167408068028874834" /></a><br />Em breve análise do indivíduo, o encontro da redutibilidade comportamental é a nível invisível, porém, tangível se apresenta; logo uma redução desse encontro se compõe nas somas dos objetos aparentemente movedores do mesmo, que, reduzido ao desencontro de sí, e por conseguinte, do que mais possa ser fenômeno para este, que a cada passo em direção ao outro (outro este podendo ser pessoa, bicho ou coisa) acaba no meio do caminho...<br />Suspeito caminho... da comodidade, da segurança obtida a partir dos outros, que por sua vez se encontram fartos de suas próprias incertezas, mas que por valores ilusórios cultivados de modo inconsciente, não tardam em tecer teias, uns com os outros, desenvolvendo uma fragilidade em tais relações travestidas de aprovação (social)...<br />Observa-se a invisibilidade de um fenômeno interno correspondente a um desenvolvimento paralelo ao psiquísmo, que também, em contraposição ao primeiro, acaba por ser invisível, mesmo com suas pseudograndiosidades, que, nascem e morrem através do tempo.<br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-63655172528765038162007-10-23T20:49:00.002-02:002009-09-26T01:28:59.439-03:00Louva-a-Deus...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgViknJzJ7ah6j96f-licFYvZRDYJiIQ74NbZgbNsHaMh-H5Zeyx1q1V-pptI-giGdkWtgn_u3D8Lhv4W4OBw2dSjHwQU5amnQHwnKGozuKC6gJZldXaP16ttWN4tXpGp635mHriU3ut-f2/s1600-h/Louva-a-Deus+1"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgViknJzJ7ah6j96f-licFYvZRDYJiIQ74NbZgbNsHaMh-H5Zeyx1q1V-pptI-giGdkWtgn_u3D8Lhv4W4OBw2dSjHwQU5amnQHwnKGozuKC6gJZldXaP16ttWN4tXpGp635mHriU3ut-f2/s320/Louva-a-Deus+1" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5124669967077045810" /></a><br />As pastagens....brancas agora, verdes também mas, não agora... qual a cor das figuras que não vejo?...<br />Qual a vida que espera nos olhos que já se fecharam?...<br />Tem ainda vida nas memórias que não tenho...<br />Que linda vida pela frente tiveram aqueles sonhadores que deixaram de sonhar mas realizaram com enxada e suor o seus suspiros e aqui me trouxeram...<br />O afeto que não existiu, de fato, ficou guardado numa verdade que possui o dom de não existir para não terminar...<br />E a caminho de nascer.... a estrada é linda, é desconhecida e meus pés são dela parte...<br />A estrada com a terra que é parte do que sou...<br />E a semente deve estar ainda guardada... não germinou ainda...<br />E as mãos estão tão velhas.... elas esperam a tantos anos distantes de mim... distantes de si mesmas...<br />As mãos são novas, são virgens e santas....<br />Os santos acordados, nos vendavais que sopravam muito antigamente quando nem mesmo os pecados existiam, sabiam a hora certa de dormir....<br />E como é lindo o sono dos que dormem acordados.... e como é simples o não ser...<br />E as orações dos arbustos são ouvidas à tardinha... em sua doce humildade...<br />Eles são santos também...<br />Todos os ventos, como sopros, todos os dias sem mais nada a ser além da vida que não acaba por não saber que existe...<br />E mais cedo acordam os Louva-a-Deuses hoje... Eles me acordam toda a manha...<br />O sereno levemente frio tem as riquezas do tempo passado que me aguardava...<br />Ainda não amanheceu e os Louva-a-Deuses estão acordados e suas cabeças serenas, com seus mil olhos vendo gota a gota o sereno que se forma sobre as folhas do alecrim...<br />E como senhores do amanhecer, recebem com a mais nobre saudação cada fração de raio de sol que da janela se aproxima e entra...<br />O dia nasce calmo e as manhas nascem todas elas numa mesma aurora...<br />São mais que mil olhos que atentos veem para além da vida, para os portões que abriram-se no dia em que da água saímos...<br />E o som que se acalma, a calma que no soar dos sinos do anoitecer faz as orações que deitam o dia para seu descanso, para seu canto onde longe se vai...<br />Para seu ir que fica onde me vou também... o dia que de sua fase visível se afasta... de onde me aproximo também...<br /><br />Mosiah Schaule<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzEZedEzkrwPkzXqvjjjrm9Jj9eCugNBCQ0rxaDG6T9k58RLvQSafHTiHBH4SpzwT2GtNL4tJm4dbXvmf6Ne4tHcn9JSgh3o9RVwjyFiA_Ovt061Qp7OrqufeUs2u_21U4zbF2XlhSGaCP/s1600-h/amanhecer_outonal.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzEZedEzkrwPkzXqvjjjrm9Jj9eCugNBCQ0rxaDG6T9k58RLvQSafHTiHBH4SpzwT2GtNL4tJm4dbXvmf6Ne4tHcn9JSgh3o9RVwjyFiA_Ovt061Qp7OrqufeUs2u_21U4zbF2XlhSGaCP/s320/amanhecer_outonal.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5124669477450774050" /></a>Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-41606481090989189012007-10-16T14:07:00.004-02:002009-10-01T16:25:51.719-03:00O Monastério de Espelhos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyvqur6ZMQMpiMXG8SFTsBSfVBzfVY2mI0kTElbY6aQsS-UuXAzS6gpMmUDjRN-PVHmbq86NmTpZM2mvmz_uaaS4ePpeqJATD5nBPC-w3Zol6uSiztmi97nC3c8JaYk2oNcCpsk6aSXjOP/s1600-h/328227670_9718102332.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyvqur6ZMQMpiMXG8SFTsBSfVBzfVY2mI0kTElbY6aQsS-UuXAzS6gpMmUDjRN-PVHmbq86NmTpZM2mvmz_uaaS4ePpeqJATD5nBPC-w3Zol6uSiztmi97nC3c8JaYk2oNcCpsk6aSXjOP/s320/328227670_9718102332.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121967461630422098" /></a><br /><br /><br />No caminho do Santo sossego<br />Encontrando uma justificativa nos lábios do justo diabo<br />Que é tão santo quanto o santo do caminho que se apressa...<br /><br />Faz promessas no escuro dos sentidos<br />Que, aflitos, seu instinto abençoa<br />Aferroa agora e castiga em fogo o santo no abrigo do algodão...<br /><br />Vê-se agora o algoz que enganava o caminho...<br /><br />Mente o sacristão da porta<br />Sem caminho, que desfaz-se na hora em que reconheço em mim...O Diabo...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0gJVEAjHe-RV5w-CkQ1UMVJhqLb3DPW1ESdulH05zgTafPnZ73p9tIH9ou05_zD4p7nkeXq_z-0frkOV_YdFUV_Z_HzhLnA26-_LZG-ifiRojimjWWYow9TIuVuMp0DPtdx5rIATJmyFT/s1600-h/el+Monasterio+de+Piedra19.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0gJVEAjHe-RV5w-CkQ1UMVJhqLb3DPW1ESdulH05zgTafPnZ73p9tIH9ou05_zD4p7nkeXq_z-0frkOV_YdFUV_Z_HzhLnA26-_LZG-ifiRojimjWWYow9TIuVuMp0DPtdx5rIATJmyFT/s320/el+Monasterio+de+Piedra19.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121968092990614626" /></a><br /><br />Mosiah SchauleMosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-36383232105290886962007-10-10T20:46:00.002-03:002009-09-26T01:17:09.846-03:00Campo, numeral, o simples e o descanso...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwtJdjf42G6Kkdt8iHUZZ1m6OUtqSuPf4DqDCrsAx__-Kgy_PqoR615H6EGUFqAyWX4SjIf-PDtByZXHac7p5Qoka60_7mIBXkZN-uS1tHPh2Bdr-MYyMh0PFJb2vFfBJt-_AaHJtjLz0g/s1600-h/209.GIF"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwtJdjf42G6Kkdt8iHUZZ1m6OUtqSuPf4DqDCrsAx__-Kgy_PqoR615H6EGUFqAyWX4SjIf-PDtByZXHac7p5Qoka60_7mIBXkZN-uS1tHPh2Bdr-MYyMh0PFJb2vFfBJt-_AaHJtjLz0g/s320/209.GIF" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119865036484324386" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTLF6eQPAS8MNIlc7FGR04Ma3ec8m-tLXBLX4VYpnveEGLn8jxvfqVk2T-E_LYpgtJ-dLeXMHIvDizIqrnlyqKWAvU-ySwkY9OjncLNHKf6r4Jnsx0qnQbyosDb5V3a_ZDUrSD2G8Kb0Ym/s1600-h/rep_trigo_b.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTLF6eQPAS8MNIlc7FGR04Ma3ec8m-tLXBLX4VYpnveEGLn8jxvfqVk2T-E_LYpgtJ-dLeXMHIvDizIqrnlyqKWAvU-ySwkY9OjncLNHKf6r4Jnsx0qnQbyosDb5V3a_ZDUrSD2G8Kb0Ym/s320/rep_trigo_b.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119864757311450130" /></a><br />Correndo... parando um pouco para descansar, era mais que chuvoso, mais que tempestuoso... e floresciam os trigais no campo, o campo nascia e sua existência ganhava sentido a cada espiga saída que deixava os domínios do advento,figurando um patrimônio fixo, cúbico em desabstração. Tal realidade está destituída dos pormenores infíxos, munidos da perecidade que lhes são próprias.<br /> A fixação do espectro consciente em função de prerrogativas demarcadas em origens inaturais, na própria origem da mesma, estão por sua vez, variáveis e desmarcadas, uma vez que um numeral de significância substancial terá de ser interpretado em configurações que lhe sejam exteriores ao significado, possibilitando ao sistema externo uma gênese e um parir do entendimento tal que em partes sempre existiu, porém, dá-se a luz a um recém nascido a cada composição inaugurada pelo sistema. A palha no roçado também descansa agora, o seu tesouro já madurara, a fome que, é mãe, está segura nas mãos das mães com fome que, nas mãos dos que se foram, que nunca foram cativos de saciedade, não se soltam. Foram aqueles Centauros de outrora que plantaram as raízes do que alimenta a alma e o sangue, com sabedoria e santidade capazes de calar a fome sem matá-la. Junto das sementes, lançaram a origem do eterno que cresce com os vegetais, que na mão do simples alcança a mão do campo e a mão dos Centauros pais. Assim, eles dão a eternidade aos movimentos dos três, que juntos são os quadrigêmeos que se fazem e refazem, um após o outro, um sendo o outro, um gerado pelo outro tendo todos os quatro, um dentro e fora do outro.<br /><br /> Era um casaco muito confortável, feito com palha seca que também descansa. Uma deita-se no roçado e outra sob as costas do roceiro. Esse, ilumina as estações do ano. Assim se trabalha na colheita para, um dia, deitar-se as costas sob o solo que todos os dias segura o simples dando toda a firmeza de que este necessita. Neste dia poderá ser coberto também com a palha seca, que descansará sobre este, permitindo o seu descanso seguro, como assegurava o tesouro antes quando ainda era verde, esperando calma a mão do simples que com fome vem colher o fruto, despir-lhe de sua palha que agora cobrirá o solo.<br /> E as palhas sempre descansam mas sem nunca estarem cansadas...<br /><br />Mosiah Schaule.Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-68063351774785268292007-10-02T17:40:00.003-03:002009-10-01T16:33:13.470-03:00Parecia um gramado... um extenso gramado...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1nQ-CYcTUOCVpPvIhkzzTNm46rfKQrYxSomtnw3AuXxcggdp5EA3a-L6kkU_U_W5gX6BRdsFK9M17xrYnXdnVW9bqOugcTiTmCJssC4d-pKMVr0sLLsPBxAbHlouhvhD1qecJ0YgGgYRp/s1600-h/Naked_Mole_Rat_Dreams_by_ursulav.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5116889792379300770" style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1nQ-CYcTUOCVpPvIhkzzTNm46rfKQrYxSomtnw3AuXxcggdp5EA3a-L6kkU_U_W5gX6BRdsFK9M17xrYnXdnVW9bqOugcTiTmCJssC4d-pKMVr0sLLsPBxAbHlouhvhD1qecJ0YgGgYRp/s400/Naked_Mole_Rat_Dreams_by_ursulav.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Eram cinco da manhã de ontem quando apareci, mais tarde que isso, hoje bem cedo, mesmo que sem sono, com sede talvez, mas não havia anoitecido nesta madrugada. O que parece na verdade do seu locus é um dia anterior a isso, mesmo que a compreensão destes dados alegóricos indicadores da cronologia tangível sejam imprecisos pra quem se incide no segmento retilínio do presente, e, há quem diga, serem exatos. Eu digo ser exato. Na verdade eu digo ser exato apesar de não o ser. E apesar de não ser exato tal exatidão se faz presente apenas na necessidade de se realizar. Eu digo na verdade que não são exatos. Porem digo sem saber o que é que deve ser ou não preciso e exato. Coerente seria se não fosse a falta de coerência própria da natureza inata dela mesma que, inocente, passa ultrajada de infinitas possibilidades na realidade humana. E há quem diga ser irreal. Eu digo ser real, mas é não real na realidade própria do que não existe exato, inexistindo na exatidão das possibilidades imprecisas, próprias do que existe na inexatidão. Isso sim, muita gente passeando nas alamedas segurando correntes e coleiras na ponta, porém, sem nenhum cachorro...como pode isso? Por que fazem isso? Acreditam que há um cão ali? E é todo mundo fazendo isso...não consigo compreender o que de fato há na extremidade da corrente inserido na coleira vazia...mas é algo que move os indivíduos.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_SNbcsgPbpSjw6dYwxX7ClFTzg7osCRSDA2UjR4nEv9ObptQOuinEwypSlp_Zq3oFtfOW-4nS1A9JPLclsdKNbUSDsuyLiB2WxFLkM0TT0Gq5cafZ89wooP2IABroRPux2s1xBp4wGCb7/s1600-h/Original__Fire_Rat__s_Den_by_Risachantag.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5116889547566164882" style="margin: 0px 0px 10px 10px; float: right;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_SNbcsgPbpSjw6dYwxX7ClFTzg7osCRSDA2UjR4nEv9ObptQOuinEwypSlp_Zq3oFtfOW-4nS1A9JPLclsdKNbUSDsuyLiB2WxFLkM0TT0Gq5cafZ89wooP2IABroRPux2s1xBp4wGCb7/s400/Original__Fire_Rat__s_Den_by_Risachantag.jpg" border="0" /></a><br /><br />Hoje desengavetava uma porção de coisas usadas pelo simples fato de avaliar seu valor, como um inverno passado, camisas nunca usadas, gravidezes, soluços, binóculos, pilhas, livros de latim, um dente, e que coisa... coisas nunca usadas no meio delas.... Antes que os ratos comam o que nunca foi usado separo-as do meio. Os ratos são necessários na gaveta com seus ninhos. Alguns dizem que fedem, porem eu nunca senti cheiro algum deles, e olha que são muitos. Gostam daquela gaveta e estão lá desde sempre. Eu acredito que estão lá desde antes mesmo da gaveta ter sido feita. Eu sei que eles estão lá desde antes mesmo da gaveta ter sido feita. As vezes eles são uma espécie de pássaros de gaveta mas, na maioria das vezes, são ratos. É algo nas coleiras que não é... e as pessoas são seus próprios cachorros pois não há cachorro algum por ali... está vazia. Todos encoleram a própria mente e por aí saem, pois nem os cães mais acompanham-lhes...<br /><br />Mosiah Schaule<br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGhCsJMVEE8o5kZF582mn9XSL2pfctilnsvxdRQXo1W23sAVxGiO0D7mqNrrbhIQGYgUWphZBygjVVVkQ3-2tWzKmwpnw1PTwgvw0x5OkFv1BQ3yJrFMGAyf9VyGTkXF0MbeAYyo4mTAfJ/s1600-h/Naked_Mole_Rat_Dreams_by_ursulav.jpg"></a>Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-38337113589294933442007-09-27T13:38:00.001-03:002008-02-15T20:03:49.555-02:002º parte do texto anterior ( E lá fora...) ou O pensamento daquelas casas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEZc0vdm_MeqRXxvMNd2gEaXtmukR78oVwNBUKP-qqkyVP9Za3dzDeOUrUmrnLgpp9y-ax9Ut1eEU6L5wdyrBZhyZvkIRkpv7nqYkG-zh4aQPNYsHvlDCsHH0v9gowPy13Dt-dacccZoVx/s1600-h/dali1.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5115028542531775314" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEZc0vdm_MeqRXxvMNd2gEaXtmukR78oVwNBUKP-qqkyVP9Za3dzDeOUrUmrnLgpp9y-ax9Ut1eEU6L5wdyrBZhyZvkIRkpv7nqYkG-zh4aQPNYsHvlDCsHH0v9gowPy13Dt-dacccZoVx/s400/dali1.gif" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Imagem da Obra de Salvador Dali. </span><br /><br /><div>A lembrança da paisagem<br />Que pensada noite passada figura-se no sono mesmo que a constitui...<br />E do campo, vazio e quieto<br />Soa o laranjeira sob os fios de luz<br />Que de um vilarejo próximo vem e vão...<br /><br />No vão que fica entre um pensamento e outro<br />Se pode caminhar mais calmo pelo eterno...<br /><br />Eu gosto das horas mas não de relógios...<br /><br />É meia tarde...<br />E a anã feliz sorri enquanto escova seu único dente...<br />No capuz velho e desbotado traz seu segredo...<br />Ela é mais do que se lembra ser...<br /><br />E no cesto em que dormia<br />Proximo ao trigal virgem<br />Também dormiam sementes<br />Sementes que criaram o vilarejo...<br />Sob algodão trançado<br />Limpo como sua mãe...<br /><br />Esta vai de trem aos comércios...<br />E os vagões estão cansados<br />Cansados de tantas canseiras que neles ficam...<br /><br />E assim o trem envelhece...<br />Dia após dia...<br />E esse velhos do vilarejo<br />Nunca estão velhos...<br />Nunca cansam...<br />Nunca morrem...<br /><br />E ao fim do dia...<br />A doce anã esta na companhia<br />De sua velha e incansável mãe...<br /><br />Mosiah Schaule.</div>Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6589817215816696101.post-47068578210364807442007-09-22T22:51:00.002-03:002009-09-26T00:52:15.146-03:00Lá fora sempre tudo adormece...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ndf8MIdTajp1SAabiUXW5Hbrb-hcW5Eqj2ceznPlz0spgn9bS2-Wan-YH9y3_-_pDbEmmhWacBpx4FOeYHOkrlt9WbL0E2FFieL11mg_NXzy-7ifYlI1fNLuD1TQyrVk9FrJi3V-idyQ/s1600-h/In_Darkness_and_Solitude_by_Sortvind.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5113407304046684978" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ndf8MIdTajp1SAabiUXW5Hbrb-hcW5Eqj2ceznPlz0spgn9bS2-Wan-YH9y3_-_pDbEmmhWacBpx4FOeYHOkrlt9WbL0E2FFieL11mg_NXzy-7ifYlI1fNLuD1TQyrVk9FrJi3V-idyQ/s400/In_Darkness_and_Solitude_by_Sortvind.jpg" border="0" /></a><br /><div>E chove calmo agora...<br />Não é dia nem noite...<br />E o sossego é um diamante que se oculta...<br />E assim me oculto, e ele encontro na imensidão de um quintal antigo onde os vegetais superiores me observam...<br /><br />Chego de longa viagem...<br />E passo a passo na casa que só existe para mim: eternizo-me...<br />Do quintal sombrio mas acolhedor avisto distantes os elefantes enfileirados na estrada...<br /><br />A sala...o cômodo mais antigo da casa...<br />Mais sozinho aqui dentro...<br />E, a cada gota que da goteira goteja na lata do assoalho, fico mais sozinho...<br /><br /><br />E então estou próximo de meus ancestrais...<br />E então tenho a mais honrosa companhia...<br /><br />Não há goteira nenhuma na sala...<br />Não se fazem aqui goteiras como antigamente também...<br />E por isso talvez não precise mais chover lá fora se estou abrigado aqui...<br /><br />Quase escuro por completo o quintal...<br />Mas não enxergaria de outra forma...<br />O vendaval está em tudo...<br />E próximo a meus pés estão entre-soterrados cinco relógios...<br />Dois de pulso e três de bolso...muito velhos...<br />Eles ventam muito também...<br />Uns com ponteiros, outros sem...<br />E, apesar de antiquíssimos, um deles funciona...<br />Porém, não há como entender a hora que ele marca...<br />E isso está em cada árvore...<br /><br />São muitas as variações do verde no escuro...<br />Bem como há variações do escuro que com o verdume se modifica...<br />Então por isso respondo sempre as cartas...<br />Apesar de não existirem cartas para responder...<br />E mesmo sem saber o endereço...<br />Minhas respostas sempre chegam...<br /><br />E os pássaros e cães vem junto ao quintal...<br />Sempre a noite...<br />E eles também sempre enxergam...<br /><br />Mosiah Schaule.</div>Mosiah Schaulehttp://www.blogger.com/profile/04520646758701049888noreply@blogger.com0